terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eleição nos EUA: os estados do swing

Sempre que eu escuto ou leio a expressão swing states em relação às eleições americanas, eu penso em um estado inteiro onde as pessoas trocam de casais aos fins de semana em boates-inferninhos, com luz baixa e muita saliência. Em seguida, eu fico inclinado a pensar que o eleitorado norte-americano ficaria dividido, com tendência ao Romney. Explico:

Enquanto eu suspeito que o liberal Obama ficaria na dúvida de aceitar esse tipo de liberdade com a sua Michelle, o mórmon Mitt Romney aceitaria esse fato em nome de deus - e do eleitorado. E poderia argumentar que a sua religião já pratica esse.. hum... "casamento plural" desde o século XIX, portanto, teria mais experiência no assunto.


Quem você acha que tem mais suingue?
De toda forma, o mauricinho Romney parece aquele cara que não desperta nenhum sex appeal nas mulheres com um pouco mais de sal - mas vocês estão livres para discordar de mim, que estou longe de ser um especialista no assunto. O cara que até conseguiu uma namorada - a única, a que se casou com ele - quando era um adolescente, é a cara do fulano que teve tido dificuldade de arranjar o par para a prom [nem deve ter sido o caso, já que ele tinha a eterna namorada]. Já o negão Obama, bem, é outra história.

Aí eu vejo que um desses swing states é a Flórida e lembro que os latinos morando lá geralmente tentam reviver tradições tão antigas que nem existem em seus países de origem. Portanto, esse swing não deve ser esse o caso de troca-de-casais.

Depois eu caio na segunda armadilha: devem ser os estados do swing, aquele estilo do jazz, do início até meados do século XX, com big bands e que tem Benny Goodman como um dos principais expoentes. E aí, não tem nenhuma possibilidade de empate, nem divisão. Barack Obama teria uma vantagem enorme. Pense num cara com suingue e simpatia, groove, manemolência, a definição do cool. Tenho certeza de que a imagem do Obama apareceu na sua cabeça. Outra vantagem é que o Obama é havaiano, o que lhe dá um ar de "sei aproveitar o meu tempo livro", e, para ajudar, tem base eleitoral em Chicago, não por acaso a terra de Goodman. Se ficar ainda na dúvida, basta pensar: quem você convidaria para uma festa? É lavada.


Aí você vê que Iowa é dos swing states e nada pode ser menos suingado que Iowa - chamada de "heart of the corn belt". Dá até arrepios. Curiosamente o lugar onde Obama começou em 2008 e encerrou a campanha deste ano. Não deve ser coincidência.

De toda forma, como essas interpretações muito mais relevantes que as estritamente políticas não servem de muito, infelizmente, não dá para prever muito bem como vai se comportar, não o eleitor, mas o colégio eleitoral norte-americano. Esse lugar, como em todos os colégios, onde a baderna impera. Meu voto, portanto, e se eu pudesse, vai para aquele cujo problemas identificados são ser "reservado, introvertido, metódico e obcecado por conciliação". Ótimos defeitos, suspeito, para um político.

ps. Sem estresse, já sabemos quem vai ganhar.

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