segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dedicatórias

— A arte de viver é a arte de acreditar em milagres, disse o poeta italiano Cesare Pavese, e se hoje eu estou aqui é porque ele está certo. Febea foi a pessoa que eu amei mais profundamente em toda a minha vida. E ela está presente aqui, nessas cinco pessoas que fizemos, nossas duas filhas e três netos. Esse é o milagre — declarou Sylvio, lembrando, ao final, uma frase que ouvira do neto quando ele tinha 4 anos, e que levava como mantra de vida: “Vovô, nada é grave.”
Acho que nunca tinha mandado um email elogiando matéria na minha vida. Até ontem. Ontem, eu mandei dois. Curioso. Talvez seja a idade, talvez eu apenas, agora, conheça os autores das reportagens. Uma delas é a sobre dedicatórias, da Mariana Filgueiras, acima destacado em um dos muitos momentos ótimos da reportagem.

A matéria, pessoalmente, me tocou. Pessoalmente porque, por entre outros motivos, eu tenho uma paixão específica sobre esse ato singelo de tornar o livro que se dá em algo pessoal, em um presente, em um objeto único, que se diferencia por completo da sua cópia. Eu até tentei escrever um conto - quando eu ainda escrevia contos - sobre exatamente essa busca pelas pessoas das dedicatórias - ou seja, o foco da reportagem. Além disso, também tinham me sugerido fazer exatamente essa pauta, há umas duas semanas. Exatamente essa. Coincidências.

Eu tinha que elogiar a autora da reportagem porque as histórias contadas são ótimas, ótimas, ótimas.

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